Deltan e Beto Richa levam rivalidade da Lava Jato para corredores da Câmara

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De lados opostos na Lava Jato e agora eleitos deputados federais pelo Paraná, o ex-governador Beto Richa (PSDB) e o ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos) travam um embate aberto.

Desde o início da legislatura, resolveram trocar acusações nas redes sociais e em entrevistas. Também já houve alfinetada lançada durante reunião da bancada paranaense em Brasília e uma proposta de um debate "olho no olho" em uma rádio na sexta-feira (17), depois cancelado.

Veterano da política paranaense, com dois mandatos de prefeito em Curitiba e outros dois no governo, o tucano tenta reconstruir sua trajetória após ser duramente atingido em plena campanha de 2018 pela Lava Jato, que tinha justamente em Deltan um de seus símbolos. O hoje deputado do Podemos deixou o Ministério Público Federal em 2023 para entrar na política e foi o mais votado do Paraná no ano passado.

Richa disse à 💥️Folha que, se antes o colega era "todo-poderoso", hoje os dois estão "no mesmo nível".

"Simplesmente estou me defendendo agora. Antes eu não tinha como. Ele [Deltan] era o herói do Brasil. Tinha a força da Lava Jato por trás. Só quero que a sociedade conheça este cidadão. Quando ele era herói da Lava Jato, era fácil. Ele mandava prender, mandava soltar, promovia um linchamento público", afirma o tucano.

Richa responde a processos judiciais até hoje, mas ele se refere ao auge da Operação Lava Jato, um período turbulento para ele e seus aliados na política. Somente entre outubro de 2018 e novembro de 2023, Richa se tornou réu em oito ações penais, e chegou a ser levado três vezes para a prisão. De principal liderança política do estado, fez apenas 3,7% dos votos válidos para senador no pleito de cinco anos atrás.

Parte das denúncias foi oferecida pelo Ministério Público Federal, com a assinatura de Deltan, no bojo de investigações ligadas à Operação Integração e à Operação Piloto. As outras denúncias —relacionadas à Operação Rádio Patrulha e à Operação Quadro Negro– foram apresentadas pelo Ministério Público estadual. Depois, a defesa de Richa e de aliados conseguiu levar todas as ações penais para a Justiça Eleitoral, e os casos ainda estão tramitando.

Procurado pela 💥️Folha para comentar o assunto, Deltan encaminhou nota, na qual afirma que Richa é "alguém que não consegue explicar para a sociedade os crimes dos quais ele é acusado". "Por isso, tenta fazer disso uma briga pessoal, para se vingar de quem fez seu trabalho contra a corrupção."

Deltan disse que o trabalho feito em relação ao tucano foi "técnico" e elaborado em "grupo de 15 a 20 procuradores, com base em fatos e provas robustas de crimes".

Na esfera política, Richa entende que o impacto das operações de investigação em plena campanha eleitoral de 2018 foi evidente – "Dallagnol me tirou a eleição", afirma o tucano.

Depois da derrota nas urnas daquele ano, ele sumiu dos holofotes e evitou a imprensa. Chegou a ser tratado como "carta fora do baralho" por integrantes da cúpula do PSDB. Voltou a circular no meio político somente no final de 2023, já de olho nas eleições do ano seguinte.

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