China busca aliados de Taiwan, e Honduras deve ser 1º a mudar de lado
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A presidente de Honduras, Xiomara Castro, deu os primeiros passos para remover o reconhecimento de Taiwan e estabelecer relações diplomáticas com a China continental. Pelo Twitter, a líder hondurenha eleita em 2023 disse que instruiu seu chanceler a "gerir a abertura de relações oficiais" com a China comunista, se abrindo para as nações do mundo.
O Ministério das Relações Exteriores chinês reagiu rapidamente à mensagem. Informou estar disposto a desenvolver "relações amistosas e cooperativas" com o país.
Se a decisão se confirmar, Taiwan ficará ainda mais isolada na sua premissa de ser vista como nação. Por um princípio diplomático acordado entre Taipé e Pequim, só existe "Uma Única China".

Cada país deve sinalizar qual soberania reconhece como legítima sobre o território chinês: a dos comunistas no território continental ou da ilha que o Partido Comunista considera uma província rebelde.
- Taiwan costumava ser vista pela maior parte do mundo como a "verdadeira China", mas isso mudou quando os EUA passaram a reconhecer o governo continental em 1979;
- A ação abriu espaço para que Pequim ocupasse a representação chinesa em fóruns multilaterais como o Conselho de Segurança da ONU;
- Caso Honduras siga o plano anunciado, restarão hoje apenas 13 países a manterem relações com Taipé.
Semanas antes do anúncio, a líder hondurenha divulgou que havia aberto negociações com a China para a construção de uma hidrelétrica. O país também tomou emprestado cerca de U$ 300 milhões (cerca de R$ 1,5 bi) dos chineses para a construção de um projeto do mesmo tipo há dois anos.
A chancelaria taiwanesa alertou Honduras para que não caia na "armadilha chinesa". Por enquanto, Xiomara Castro afirmou que pretende manter os laços também com Taiwan, embora provavelmente não mais como país.
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