EUA investigam empresa dona do TikTok por suposta espionagem de jornalistas
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos está investigando a vigilância de cidadãos americanos, incluindo vários jornalistas que cobrem a indústria de tecnologia, pela empresa chinesa proprietária do TikTok. A informação é de três fontes que estão a par do assunto.
A investigação, que começou no final do ano passado, parece estar ligada ao reconhecimento pela empresa ByteDance, em dezembro, de que seus funcionários haviam obtido indevidamente os dados de usuários americanos do TikTok, incluindo os de dois jornalistas e de algumas das pessoas com que eles tiveram contato.

Segundo uma fonte, a divisão criminal do Departamento de Justiça, o FBI e o procurador do Distrito Oriental da Virgínia estão investigando a ByteDance, que tem sua sede em Pequim e possui laços estreitos com o governo chinês.
Um porta-voz do Departamento de Justiça não fez comentários.
A confirmação da investigação ocorre num momento em que a Casa Branca endurece sua postura em relação à empresa, com o intuito de forçar a ByteDance a abordar as preocupações de segurança nacional relativas ao TikTok. Estas incluem o receio de que a China possa estar usando o aplicativo popular de vídeos para colher dados sobre americanos ou espioná-los, subverter instituições democráticas e fomentar a dependência da rede social entre os jovens.
O TikTok revelou esta semana que a administração Biden pediu à sua proprietária que venda o aplicativo –cujo uso já está sendo bloqueado em telefones governamentais nos EUA, Europa e mais de duas dúzias de países—, sob pena de ele possivelmente ser proibido em todos os EUA.
O inquérito criminal federal foi divulgado anteriormente pela revista Forbes. A jornalista que assinou a reportagem disse que ela é uma das pessoas cujos dados foram rastreados pela empresa.
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